domingo, 7 de abril de 2013
«CAMPANIA»
///////////// Lançado à água no dia 8 de Setembro de 1892, pelos estaleiros Fairfield Cº, Ltd, de Glásgua (Escócia), o paquete «Campania» era um navio com 12 950 toneladas de arqueação bruta e com 183,17 metros de comprimento por 19,87 metros de boca. Destinado ao serviço da Cunard, este navio movia-se graças a 2 poderosas máquinas a vapor de tripla expansão e a 2 hélices. A sua velocidade de cruzeiro era de 21 nós. O «Campania» (que era gémeo do «Lucania», do mesmo armador) estava apetrechado para poder receber 2 000 passageiros : 600 em 1ª classe, 400 em 2ª e 1 000 em 3ª ou classe 'emigrante'. A sua tripulação compreendia 415 membros. O «Campania» -que foi o maior navio do seu tempo- partiu para a sua viagem inaugural a 22 de Abril de 1893, ligando os portos de Liverpool e Nova Iorque. Nesse mesmo ano (em Maio) conquistou a famosa e cobiçada 'flâmula Azul', atribuída ao navio mais rápido a navegar no Atlântico norte, com uma velocidade registada de 21,9 nós. O que correspondia a 5 dias e poucas horas de navegação entre as duas margens do oceano. Este transatlântico foi equipado, em 1901, com um telégrafo Marconi, sendo um dos primeiros navios do seu tempo a beneficiar dessa tecnologia de telecomunicações. Até Abril de 1914 (ano durante a qual se desencadeou a mortífera Grande Guerra), O «Campania» executou 250 viagens de ida e volta entre a Europa e o Novo Mundo. Com apenas dois acidentes a manchar a sua brilhante folha de serviços. Com efeito, em Julho de 1900, o «Campania» colidiu, devido a espesso nevoeiro, com a barca «Embleton» (também ela de bandeira britânica) no mar da Irlanda. O veleiro foi cortado em dois, afundou-se e sofreu a perda de 11 vidas. E, em Outubro de 1905, este paquete foi varrido por uma onda gigantesca, quando navegava em pleno Atlântico, que arrastou para a morte 5 dos seus passageiros. Logo após ter completado a sua 250ª viagem, o «Campania» foi afretado, por uns meses, à companhia Anchor Line. Depois, foi comprado pelo almirantado, que encarregou os estaleiros Cammel Lairds, de Birkenhead, de o transformar em porta-aviões. Foi nessa condição que, desde 1915 e com 10 aeroplanos a bordo, o navio participou nalgumas operações de guerra, a partir da sua base de Scapa Flow. Depois do final da guerra, a 5 de Novembro de 1918, o HMS «Campania» operava no Firth of Forth quando foi assaltado por uma terrível tempestade e perdeu os ferros. Desgarrado, o navio foi chocar com o couraçado «Royal Oak». Nesse desastrado abalroamento, o porta-aviões sofreu um rombo que lhe foi fatal; pois, em menos de 3 horas, afundou-se irremediavelmente. Sem vítimas a lamentar. De qualquer modo, o navio teve um fim pouco glorioso, sabendo-se que começara por ser um dos transatlânticos mais prestigiosos do seu tempo e que, depois de ter terminado a sua carreira comercial e durante o primeiro dos conflitos planetários, foi um dos navios pioneiros da 'Fleet Air Arm'.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário