sábado, 2 de novembro de 2013
«T. J. POTTER»
Vapor fluvial de rodas laterais, que foi construído, em 1888, nos estaleiros privativos da Oregon Railway and Navigation Company, de Portland, para uso próprio. O «T. J. Potter» tinha uma arqueação bruta de 659 toneladas e media 70,10 metros de comprimento por 10,70 metros de boca. Estava equipado com 2 máquinas a vapor. Foi uma das primeiras embarcações do seu tipo a evoluir nas águas do rio Columbia, assegurando o trajecto regular entre Portland e Astória, cidades separadas por 170 km; distância que o «T.J. Potter» vencia (salvo imprevisto) em 4 h 30 de navegação. Também foi utilizado em excursões no já nomeado rio e no Puget Sound, numa época (fins do século XIX) em que os norte-americanos começavam a despertar para o turismo, visitando, neste caso, os lugares mais bonitos do Oeste. Nesse tempo, era vulgar organizarem-se corridas entre embarcações deste género e o vapor em apreço acabou por revelar-se um dos mais rápidos que navegavam por aquelas bandas. Nesse campo, ficou célebre a sua vitória contra um rival chamado «Bailey Gatzert», pertencente a uma empresa concorrente. No seu historial consta, também, a sua comparticipação no combate ao grande e devastador incêndio de Seattle (no estado de Washington), que ocorreu no ano de 1889. O barco em apreço foi reconstruído em 1901, tendo a sua arqueação bruta passado para 1 017 toneladas, o seu comprimento para 71,30 metros e o seu calado para 3,20 metros. O posto de pilotagem também foi inteiramente refeito, de modo que a sua silhueta se alterou totalmente. A partir desse momento, este vapor passou a servir, quase em regime de exclusividade, o ramo turístico do seu armador. Mas, o inevitável envelhecimento do «T. J. Potter» acabou por condená-lo a tarefas subalternas, até que, em 1920, a sua licença de navegação lhe foi definitivamente retirada pelas autoridades competentes. O velho vapor foi, então, deixado ao abandono num recanto da baía de Young, perto de Astória, onde, ainda hoje subsistem restos da sua carcaça.
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