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«RIO DE JANEIRO MARU»
Este
paquete japonês foi lançado à água em Novembro de 1929 pelos estaleiros
Mitsubishi, de Nagasaqui. O seu comanditário e armador foi a companhia Kaisha
Shosen Osaka Line, que o colocou nas linhas das Américas. O «Rio de Janeiro
Maru» teve um gémeo denominado «Buenos Aires Maru». Eram navios com 12 000
toneladas de arqueação bruta, medindo cerca de 140 metros de
comprimento por 19 metros
de boca. Estavam equipados (cada um eles) com 2 máquinas diesel, desenvolvendo
uma potência global de 12 000 cv e com 2 hélices. Podiam navegar a uma
velocidade de cruzeiro superior a 17 nós com 1 140 passageiros a bordo. Depois
de alguns anos de navegação sem incidentes, o «Rio de Janeiro Maru» foi notícia
dos jornais por ter encalhado, em Abril de 1934, no estuário do Mississippi. Em
1937, encetou, em Kobé, uma volta ao mundo, via cabo da Boa Esperança e canal
do Panamá. Durante essa viagem (pouco comum para navios do seu tipo), O «Rio de
Janeiro Maru» fez escala em inúmeros portos da Ásia e da América do sul, incluindo
a sua cidade madrinha. Quando rebentaram os combates da Segunda Guerra Mundial,
este paquete foi requisitado pelas autoridades navais do Japão imperial e convertido
(no arsenal de Kure) em transporte auxiliar armado, já que recebeu a bordo várias
peças de artilharia AA de 25
mm. Mas, poucos meses volvidos, regressou ao estaleiro (desta
vez o de Harima) para a sua conversão em navio de apoio a submarinos. O seu
armamento foi, nessa ocasião, consideravelmente reforçado. O «Rio de Janeiro
Maru» esteve envolvido, em 1941/1942 nas operações de invasão da Malásia. Em
Maio de 1942, quando se dirigia para as ocupadas Índias Orientais Neerlandesas,
o antigo paquete foi atingido por um torpedo disparado (ao que e supõe) do
submarino USS «Swordfish». Facto que lhe causou avarias consideráveis e que o
mantiveram imobilizado (para reparações ) durante algum tempo. Tendo regressado
à vida activa, foi de novo alvejado por outro submersível americano –o USS «Spearfish»-
que o atingiu com novo torpedo. Ainda assim, o navio sobreviveu e, depois de
novos reparos, voltou às zonas de guerra, para transportar prisioneiros de
guerra aliados, mas também provisões para as tropas, material bélico e munições.
Mas, em 17 de Fevereiro de 1944, no atol de Truk, o «Rio de Janeiro Maru» foi
bombardeado pela aviação norte-americana com bombas de grande potência, que o
afundaram. Ignora-se o número de vítimas causado por esse ataque. Quanto ao
navio, jaz a 130 metros
de profundidade e é, hoje, um dos naufrágios melhor identificados daquelas
paragens do Pacífico. Mas o mergulho desportivo é restrita, pelo facto dos destroços
do navio ainda conterem explosivos não detonados.
errata: o navio está a somente 35 metros e é muito visitado por mergulhadores amadores
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