quinta-feira, 2 de julho de 2015

«ARMENIAN»

Navio de bandeira britânica construído em 1895 nos estaleiros da empresa Harland & Wolff, de Belfast. Encomendado pela Leyland Line, de Liverpool, recebeu o seu nome pelo facto do povo arménio estar na ordem do dia, em razão dos massacres perpetrados pelos otomanos. O «Armenian» era um cargueiro (com alguns camarotes para transporte de passageiros) destinado às linhas da América do norte. Apresentava uma arqueação bruta de 8 825 toneladas e media 156 metros de comprimento por 18 metros de boca. Movia-se graças à utilização de 1 máquina a vapor de tripla expansão, com uma potência de 718 nhp, acoplada a um hélice, que lhe proporcionava uma velocidade de cruzeiro de 13 nós. A sua viagem inaugural ocorreu no ano seguinte ao do lançamento e o porto de destino foi o de Boston. Na transição dos séculos, durante a Guerra dos Boers, foi alugado pelo governo de Londres para levar material bélico e cavalos (o navio estava equipado com estábulos) para a África do Sul. De onde este navio transportou, em 1901, 963 prisioneiros de guerra boers para as Bermudas, para onde foram desterrados. Em 1903, a gestão do «Armenian» -que, entretanto, regressara à linha do Atlântico norte- passou para a White Star; que a assegurou até 1910, ano em que o navio voltou a usar as cores da Leyland Line. Com o início do primeiro conflito generalizado, o «Armenian» foi de novo requisitado pela autoridade militar, que o usou no transporte de tropas e de material entre a Grã-Bretanha e a França e a Bélgica. A carreira do navio teve o seu desfecho no dia 28 de Junho de 1915. Interceptado pelo submarino alemão «U-24», ao largo das costas da Cornualha, o navio foi torpedeado e afundado. O oficial alemão que comandava o submersível deu tempo aos sobrevivente para abandonarem (nas chalupas) o navio em perdição. Houve, no entanto, 29 vítimas mortais a lamentar. Os restos do desventurado «Armenian» só seriam encontrados e devidamente identificados em 2008.

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