quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

«PIONEERING SPIRIT»


Diz-se deste mastodôntico navio, que é a maior estrutura flutuante e automóvel jamais construída pelo homem. O que não é surpreendente, quando se sabe que -em plena carga- o «Pioneering Spirit» pode deslocar 932 000 toneladas. Este navio com 382 metros de comprimento por 124 metros de boca e por 30 metros de calado, tem propulsão assegurada por um conjunto de 12 máquinas diesel-eléctricas Rolls-Royce desenvolvendo, unitariamente, uma potência de 6 050 kW. Força que lhe confere uma velocidade máxima de 14 nós. Foi construído nos estaleiros da firma Daewoo (em 2013), na Coreia do Sul e pertence à companhia Allseas Engineering BV, com sede na Suíça. O navio está, quanto a ele, registado em Valletta, na ilha-estado de Malta. Não vou descrevê-lo fisicamente, deixando aos leitores deste blogue a oportunidade de descobrir este extraordinário navio de trabalho, através da fotografia anexada. O «Pioneering Spirit» (que terá custado a faraminosa soma de 2,6 milhares de milhões de dólares) foi concebido para operar -junto das companhias petrolíferas 'off shore'- no levantamento e transporte de cargas com peso excepcional. Para tanto, o navio dispõe de material de elevação específico, que pode suportar umas surpreendentes 24 000 toneladas. O que permitiu à Allseas fechar contratos com diversas companhias extractoras de petóleo e de gás para remover (no mar do Norte, nomeadamente) plataformas de prospecção inteiras. E obsoletas. O «Pioneering Spirit» chamou-se, primitivamente, «Pieter Schelte» (nome do pai do seu propritário); mas essa designação foi violentamente contestada (o que obrigou a mudá-la), pelo facto do seu patrono ter sido identificado como um antigo oficial das sinistras SS, que deixou escritos anti-semitas de uma indignidade só possível por parte de um servidor obediente de Hitler. O tal monstro com forma humana que está na origem da exterminação de 6 milhões de judeus europeus, para além de milhões de outras etnias não-arianas, prisioneiros de guerra indefesos, etc. Mas isso é, naturalmente, uma outra história...

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