domingo, 28 de setembro de 2014

«SERVIA»

Paquete da companhia Cunard Line, construído em 1881, -pelos estaleiros J. & G. Thompson, de Glásgua- para assegurar serviços de correio e de transporte de passageiros (especialmente de emigrantes) entre Liverpool e Nova Iorque. Foi o primeiro navio do seu armador a dispor de instalação eléctrica. E também o primeiro navio da Cunard a usar aço (em vez de ferro) na realização do seu casco, o que o tornava mais ligeiro e resistente. Características inovadoras (entre outras), que levaram alguns historiadores a considerá-lo o primeiro transatlântico moderno. O «Servia» que, no seu início de carreira, ainda usou velas auxiliares, apresentava-se como um navio de 7 392 toneladas (GT) e media 157 metros de comprimento por 15,90 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por maquinaria a vapor desenvolvendo uma potência de 10 300 ihp e por 1 hélice, que lhe proporcionavam uma velocidade de cruzeiro da ordem dos 16,7 nós. Este navio tinha capacidade para receber 480 passageiros de 1ª e 750 em 3ª classe. A sua tripulação era formada por 298 membros. O «Servia» foi construído segundo as especificações do Almirantado britânico, que permitiam transformá-lo, em caso de necessidade, num cruzador auxiliar. Tendo passado -depois do aparecimento dos seus congéneres «Campania» e «Lucania», em 1893- para um serviço subalterno, o paquete em apreço foi militarizado, durante a guerra dos Boers, levando para a África do Sul tropas e material bélico. Terminou a sua carreira num estaleiro de demolição, em 1902.

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