domingo, 13 de abril de 2014
«JAMES CRAIG»
Barca de 3 mastros e casco de ferro. Foi lançada à água pelos estaleiros ingleses Bartram, Haswell & Cº em 1874, com o primitivo nome de «Clan McLeod» Navegou até 1899 com as cores dos armadores escoceses T. Dunlop e Roderick Cameron (ambos de Glásgua), sendo depois vendido a J.J Craig, de Aukland (Nova Zelândia), que lhe deu o nome que ainda hoje usa. Durante os seus primeiros 26 anos de serviço, carregou frete diversificado e dobrou 23 vezes o tormentoso cabo Horn. Passou, mais tarde a navegar exclusivamente em águas da Austrália e da Nova Zelândia, onde se manteve activo até 1911. Altura em que deixou de ser lucrativo, devido à concorrência dos navios a vapor. Ainda foi usado como simples transporte de carvão, antes de ser definitivamente abandonado, em Recherche Bay, na Tasmânia. Em 1972 começou o seu restauro, quando já se encontrava num estado de conservação lastimável. O responsáveis pela sua recuperação foram nostálgicos australianos da marinha à vela, que levaram cerca de 30 anos para assegurar a sua salvaguarda. O «James Craig», que actualmente faz parte do Património Naval de Sidney, participa em eventos de índole histórica e, enquanto navio-museu, recebe inúmeros visitantes; que contribuem, em parte, com as verbas necessárias à sua conservação, que rondam, anualmente, o milhão de dólares. Este navio (que realizou a sua viagem inaugural em 1874, entre a Inglaterra e o Peru) apresenta 671 toneladas de arqueação bruta e mede 54,80 metros de comprimento por 9,50 metros de boca. O seu calado é de 3,70 metros. Os seus mastros podem desfraldar 21 velas, que lhe conferem uma velocidade máxima de 14 nós, com ventos favoráveis. A sua tripulação normal é de 16 homens. O valor histórico do «James Craig» é verdadeiramente excepcional, visto ser um dos 3 veleiros do século XIX que ainda navegam com uma certa regularidade.
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