quarta-feira, 28 de março de 2012
«DAYLIGHT»
Barca de quatro mastros e casco de aço, realizada em 1902 nos estaleiros Russell & Cº, de Port Glasgow (Escócia), para a Anglo-American Oil Company, de Londres. Com 3 756 toneladas de arqueação bruta, este veleiro media 107,10 de longitude por 14,95 metros de boca e por 8,58 metros de calado. Foi, com o seu gémeo «Brilliant», o maior veleiro de quatro mastros jamais construído. Concebido como navio petroleiro, o «Daylight» teve um começo de vida atribulado, já que, logo em 1906, o navio sofreu um incêndio no porto de Yokkaichi, onde se afundou durante as operações de extinção do fogo. Reemergido, este veleiro continuou no comércio de hidrocarbonetos (entre a América do norte e a Ásia, principalmente), mas, também no transporte de outros produtos, tais como o minério de manganês, o carvão, as madeiras, a copra, o chá, etc. O «Daylight» foi, ao longo da sua vida activa, vendido a diferentes armadores. Em 1924, foi adquirida pela firma norte-americana James Griffiths & Sons, que o desarvorou e o transformou em simples barcaça, tendo, nessa condição, servido no transporte de gesso entre a ilha de Sam Marcos e Long Beach. Em 1942 foi vendido a um armador brasileiro, que o transformou, de novo, em veleiro, lhe deu o novo nome de «Tangara» e o equipou com um motor auxiliar (diesel) de 400 cv. Foi desactivado em meados do século XX e desmantelado também por essa altura (1954).
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