quinta-feira, 17 de setembro de 2015

«JULES VERNE»

..... Em 2013, ano em que se tornou operacional, este porta-contentores de bandeira francesa foi considerado o maior navio do mundo do seu tipo. Hoje, com a corrida desenfreada à tonelagem, já foi ultrapassado por uma dúzia de congéneres, nomeadamente (diga-se a título de curiosidade) por um navio de bandeira britânica baptizado «Vasco da Gama». O «Jules Verne» foi construído na Coreia do Sul, em Opko, pelos estaleiros da firma Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, Ltd., para o armador gaulês CMA CGM, que o registou no porto de Marselha. Este navio desloca 241 380 toneladas e mede 396 metros de comprimento por 53,60 metros de boca; o seu calado é de 16 metros. Tem capacidade para embarcar 16 020 contentores EVP, que alinhados, um atrás dos outros, formariam uma fila de 96 quilómetros. O seu sistema propulsivo compreende uma gigantesca máquina diesel (acoplada a 1 hélice com 9 metros de diâmetro e com 100 toneladas de peso), que desenvolve uma potência de 108 000 cv, força equivalente à de 1 100 automóveis. Notável é, também, a central energética de bordo, que produz a electricidade necessária ao consumo de uma cidade de 16 000 habitantes. Este navio, que se desloca à velocidade de cruzeiro de 24 nós, tem uma tripulação de, apenas, 26 membros : 6 oficiais franceses e 20 outros elementos de nacionalidade filipina. O «Jules Verne» foi encomendado antes da crise económica de 2008, numa altura em que o frete marítimo se revelava em progressão constante. Apesar dos problemas que se seguiram, este porta-contentores continua a ser rentável, graças ao seu vanguardismo : optimização hidrodinâmica, reduzido consumo de carburante (120 toneladas/dia), etc. A vertente ecológica do navio também é assinalável, visto o «Jules Verne» dispor de várias estações de tratamento de águas, de lixo e de redutores de dióxido de carbono. O que faz dele um dos navios mais limpos a cruzar os oceanos. Este porta-contentores liga -via canal de Suez- o Extremo Oriente à Europa mediterrânica e do norte.

Sem comentários:

Enviar um comentário