domingo, 8 de abril de 2012

«COMET»


‘Clipper’ construído, em 1851, nos estaleiros de William H. Webb, de Nova Iorque. O seu primeiro proprietário foi a casa armadora Bucklin & Crane, da mesma cidade. Começou a sua actividade comercial na rota Nova Iorque-São Francisco da Califórnia, via cabo Horn, transportando emigrantes e mercadorias diversas. Foi nesse trajecto que, em 1853, este veleiro ganhou alguma nomeada, ao bater o seu famoso congénere «Flying Dutchman» com 30 horas de avanço à chegada ao porto de destino. Vendido, em 1863, ao armador britânico TM MacKay & Co, de Liverpool, o «Comet» passou a operar na linha Londres-Oriente, com etapas em Whampoa, Hong Kong, Macau e Manilha; mas também na linha da Austrália, com viagens para Moreton Bay (Queensland) e Brisbane. Perdeu-se devido a um incêndio de porão, que se declarou no dia 13 de Abril de 1865 e que não foi possível extinguir. O navio navegava, então, da Austrália para a Europa com 55 passageiros e com um carregamento de fardos de lã. O capitão e 80 outras pessoas (incluindo a totalidade dos passageiros) abandonaram o navio em três grandes botes e nunca mais foram vistos. Os 17 homens que permaneceram a bordo do «Comet» na esperança de apagar o fogo, foram resgatados, sãos e salvos, a 12 de Maio pela tripulação da barca «Dauntless», também ela de bandeira britânica. O antigo veleiro novaiorquino afundou-se pouco depois, a escassa distância das costas da Nova Zelândia. O «Comet» deslocava 1 836 toneladas, tinha casco de madeira aplicada sobre uma ossatura metálica, 3 mastros e media 73,50 metros de comprimento por 12,50 metros de boca.

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