domingo, 31 de julho de 2016

«C. A. THAYER»

Veleiro de 3 mastros e casco em madeira, construído em 1895 num estaleiro da baía de Humboldt, perto de Eureka, no norte da Califórnia. Este lugre (os americanos chamam-lhe escuna) desloca 453 toneladas e mede 67 metros de comprimento por 11 metros de boca e faz, desde Novembro de 1966, parte do registo estadunidense denominado 'National Historic Landmark'. O seu nome de baptismo foi-lhe atribuído para homenagear um sócio da empresa de serração EK Woods, sedeada em São Francisco, para a qual este navio transportou, durante muitos anos, carregamentos inteiros de madeira provenientes das florestas dos estados de Washington e de Oregon. Se o seus portos de destino se situavam essencialmente na Califórnia, a verdade é que o «C. A. Thayer» também efectuou viagens para o sul do México e, mais raramente, para os arquipélagos de Hawai e de Fiji. Com a chegada de navios a vapor ao negócio das madeiras, este veleiro deixou -em 1912- essa actividade específica e partiu para o Alasca, onde foi utilizado pela indústria das pescas e conservas de salmão; fazendo viagens periódicas à 'cidade da Porta Dourada' com carregamentos desse peixe salgado ou enlatado. Durante a Grande Guerra, volveu ao seu negócio inicial, levando madeira para a Austrália e ilhas do Pacífico e de lá regressando com carvão e copra. Entre 1925 e 1930, o «C. A. Thayer» regressou ao Alasca, onde esteve envolvido na pesca do bacalhau. E, no início dos anos 40, as forças armadas dos Estados Unidos adquiriram-no para ajudar no chamado 'esforço de guerra'. Arrancaram-lhe os mastros e adaptaram-no para desempenhar a perigosa tarefa de transporte de munições. Acabado o conflito, o veleiro em apreço regressou à vida civil, sendo remastreado e adaptado, de novo, à pesca do bacalhau; onde se manteve até 1950. Comprado pelo estado da Califórnia em 1957 e restaurado em Seattle (Washignton), este veleiro foi remetido ao Museu Marítimo de São Francisco, que assume agora a responsabilidade de o fazer funcionar como núcleo museológico. Após ter sido mantido com esse estatuto durante 40 anos, o «C. A. Thayer» foi de novo alvo de restauro. Actualmente, pode ser visitado no seu ancoradouro privativo do San Francisco Maritime National Park.

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