sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
«JOÃO ÁLVARES FAGUNDES»
Ostentando o nome de um navegador vianense, descobridor da Terra Nova e da foz do rio São Lourenço, este navio-motor tinha casco de aço e foi preparado para a pesca de arrasto lateral. Construído em 1945 nos estaleiros da CUF, na Rocha do Conde de Óbidos (em Lisboa), o «João Álvares Fagundes» pertenceu à SNAB - Sociedade Nacional de Armadores do Bacalhau, firma sedeada na capital. Era gémeo dos navios «Álvaro Martins Homem», «João Corte Real» e «Pedro de Barcelos». Apresentava 1 250 toneladas de arqueação bruta, media 71,10 metros de longitude e era capaz de carregar 18 000 quintais de peixe salgado. Como todos os pesqueiros da sua classe, dispunha de uma máquina diesel que lhe proporcionava uma velocidade de 12 nós e estava equipado com moderna aparelhagem de comunicações e de ajuda à navegação como a TSF, radiogoniómetro e, posteriormente, radar. As instalações da equipagem eram consideradas razoáveis, se comparadas com a vetustez das disponibilizadas às suas tripulações pelos lugres. Participou nas campanhas de pesca ao bacalhau até 1965, ano em que se afundou -ao largo das costas do Labrador- devido ao abalroamento acidental com um arrastão de bandeira islandesa, que fainava na mesma zona de trabalho. Nota : a imagem que ilustra este 'retrato' do «João Álvares Fagundes» não é a do navio em apreço, mas a do seu gémeo «João Corte Real». Que, naturalmente, tinha as mesmas características.
My Grandfather Jose Constantino worked on that ship in the late 1950's before leaving the industry and settling in Canada and career as a carpenter.
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