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Este 'clipper' foi construído, na década de 70 do século XIX, nos estaleiros da empresa Chantiers Augustin Norman, do Havre (França). Pertenceu à frota da Union de Chargeurs, um consórcio de armadores que chegou a reunir 40 grandes veleiros sob a sua bandeira. O «Paulista» era um navio com 611 toneladas de arqueação bruta, medindo 54 metros de comprimento por 9,80 metros de boca. O seu calado era de 4,25 metros. Especializado no transporte de café, destinado aos torrefactores da chamada 'Cidade da Porta Oceânica', o «Paulista» fazia rotações transatlânticas entre o Havre e os portos do Brasil. País de onde trazia -sobretudo do Rio de Janeiro- 450 toneladas desse produto (ou seja 7 500 sacos de 60 kg cada um) a cada uma das suas viagens. O «Paulista» era uma galera de 3 mastros, que envergava 1 260 m2 de velas e que podia atingir (quando navegava com todo o pano e com ventos favoráveis) pontas de velocidade da ordem dos 15 nós. Muito conhecido no Brasil, formava com os seus irmãos gémeos («Carioca», «Commerce-de-Paris», «France-et-Chili» e «Pétropolis») uma frota a que chamavam as 'Andorinhas do Rio'. Não conseguimos apurar quando e em que circunstâncias o «Paulista» interrompeu a sua actividade. Curiosidade : a aguarela que acompanha este texto é da autoria do artista Marin-Marie e figura na capa do excelente livro «Clippers Français», editado em 1993.
domingo, 10 de maio de 2015
«PAULISTA»
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Este 'clipper' foi construído, na década de 70 do século XIX, nos estaleiros da empresa Chantiers Augustin Norman, do Havre (França). Pertenceu à frota da Union de Chargeurs, um consórcio de armadores que chegou a reunir 40 grandes veleiros sob a sua bandeira. O «Paulista» era um navio com 611 toneladas de arqueação bruta, medindo 54 metros de comprimento por 9,80 metros de boca. O seu calado era de 4,25 metros. Especializado no transporte de café, destinado aos torrefactores da chamada 'Cidade da Porta Oceânica', o «Paulista» fazia rotações transatlânticas entre o Havre e os portos do Brasil. País de onde trazia -sobretudo do Rio de Janeiro- 450 toneladas desse produto (ou seja 7 500 sacos de 60 kg cada um) a cada uma das suas viagens. O «Paulista» era uma galera de 3 mastros, que envergava 1 260 m2 de velas e que podia atingir (quando navegava com todo o pano e com ventos favoráveis) pontas de velocidade da ordem dos 15 nós. Muito conhecido no Brasil, formava com os seus irmãos gémeos («Carioca», «Commerce-de-Paris», «France-et-Chili» e «Pétropolis») uma frota a que chamavam as 'Andorinhas do Rio'. Não conseguimos apurar quando e em que circunstâncias o «Paulista» interrompeu a sua actividade. Curiosidade : a aguarela que acompanha este texto é da autoria do artista Marin-Marie e figura na capa do excelente livro «Clippers Français», editado em 1993.
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