Construído em 1929 pelo estaleiro de Manuel Maria Mónica (da Gafanha da Nazaré) para a pesca longínqua, este lugre de três mastros, com casco em madeira, fez 31 campanhas consecutivas de pesca ao bacalhau nos bancos da Terra Nova e da Groenlândia. Em 1965 o seu armador -a Parceria Geral de Pescarias- decidiu interromper a actividade do «Hortense», pelo facto deste navio já não oferecer as condições mínimas de segurança. Três anos mais tarde, o seu proprietário foi instado pelo todo poderoso almirante Henrique Tenreiro a oferecer o lugre à Junta Central da Casa dos Pescadores, que pretendia fazer dele um navio-museu. Infelizmente, este belo e histórico bacalhoeiro da seca da Azinheira Velha (Telha-Barreiro) foi, depois dessa cedência forçada, deixado ao abandono no mar da Palha. Acabou por se perder, após várias vicissitudes : a primeira delas devido a um encalhe ocorrido perto do Lavradio, na sequência de rijo temporal; finalmente, em 1970, o lugre «Hortense» foi pasto das chamas, devido a um incêndio que se declarou a bordo do seu maltratado casco.
terça-feira, 14 de julho de 2009
«HORTENSE»
Construído em 1929 pelo estaleiro de Manuel Maria Mónica (da Gafanha da Nazaré) para a pesca longínqua, este lugre de três mastros, com casco em madeira, fez 31 campanhas consecutivas de pesca ao bacalhau nos bancos da Terra Nova e da Groenlândia. Em 1965 o seu armador -a Parceria Geral de Pescarias- decidiu interromper a actividade do «Hortense», pelo facto deste navio já não oferecer as condições mínimas de segurança. Três anos mais tarde, o seu proprietário foi instado pelo todo poderoso almirante Henrique Tenreiro a oferecer o lugre à Junta Central da Casa dos Pescadores, que pretendia fazer dele um navio-museu. Infelizmente, este belo e histórico bacalhoeiro da seca da Azinheira Velha (Telha-Barreiro) foi, depois dessa cedência forçada, deixado ao abandono no mar da Palha. Acabou por se perder, após várias vicissitudes : a primeira delas devido a um encalhe ocorrido perto do Lavradio, na sequência de rijo temporal; finalmente, em 1970, o lugre «Hortense» foi pasto das chamas, devido a um incêndio que se declarou a bordo do seu maltratado casco.
Sou Brasileiro, meu avô ELISIO PEREIRA foi pescador embarcado no HORTENSE, fico muito triste em saber que esse barco, que tantas riquesas trouxe para Portugal, acabou-se em chamas.
ResponderEliminarA minha avó, PIEDADE RODRIGUES, trabalhaou na seca na Telha-Barreiro.
Claro que eles já não estão mais conosco, já se foram há muitos anos.
Caso alguem tenha mais dados sobre o HORTENSE, solicito seja-me enviado, por favor.
steluss1@terra.com.br